Jacobina

Saiba como as Fake News poderão aumentar com o uso da Deepfake e Inteligência Artificial nas eleições de 2024

Por José Antonio Valois

Não é novidade que a internet e as redes sociais têm sido espaços importantes na política brasileira.

O brasileiro a, em média, 9 horas e 32 minutos por dia na internet. Os números são provenientes de um levantamento global realizado pelo provedor Proxyrack. Enquanto a média mundial é de 6 horas e 58 minutos por dia.

Além do fato de os brasileiros arem tanto tempo na internet, as redes têm a possibilidade de disseminar rapidamente qualquer conteúdo, tornando as fake news um instrumento usado para desinformar e confundir o eleitor.

Além disso, outra pesquisa revela que 73% das pessoas souberam de notícias políticas por meio de memes. (Vale até explicar o que são memes. Memes de internet são, em geral, imagens e/ou vídeos bem-humorados que se espalham rapidamente pela internet através de mensagens e redes sociais.)

Assim é possível ver o quanto é fértil espalhar qualquer tipo de mentira nas redes e quanto trabalho terá a vítima dessas mentiras para esclarecer os fatos.

Atualmente, as Fake News poderão ganhar mais ‘qualidade’ ou verossimilhança com o uso da inteligência artificial para produzir deepfakes.

Deepfake usa Inteligência Artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos, sincronizar movimentos labiais, expressões e demais detalhes, em alguns casos com resultados impressionantes e bem convincentes.

Nas recentes eleições na Argentina, o candidato Sérgio Massa foi vítima de uma deepfake em um vídeo onde sua imagem aparecia fazendo uso de cocaína.

No início desse ano aqui no Brasil, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu que a Meta, dona do WhatsApp, deveria bloquear o compartilhamento de áudio denunciado pelo pré-candidato do PP à prefeitura de Maringá, Silvio Barros, alvo de informações falsas.

No caso do Paraná, uma voz verossímil à do político que lidera a corrida em pesquisas locais diz que ele desistiu de concorrer. Também declara apoio a um adversário.

Na sentença, redigida pelo juiz Nicola Frascati Junior, há a determinação para que a Meta identifique o IP (protocolo de rede) dos aparelhos que disseminaram o áudio, em 24 horas, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada hora de descumprimento da decisão.

Até o momento, esse é o primeiro caso relevante de “deepfake” com repercussão judicial na pré-campanha deste ano.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *